Catedral de Viseu

A Catedral de Viseu constitui um repositório de diferentes sintaxes artísticas, resultantes de inúmeras intervenções realizadas ao longo dos séculos.
O Adro da Sé constitui uma das mais bonitas praças de Portugal. Neste local, nos inícios do séc. XII, foi edificado o castelo, o paço condal e a primitiva Catedral.
O enquadramento actual compreende edifícios de épocas distintas: a Catedral (com elementos de várias épocas), o Passeio dos Cónegos (séc. XVIII), a Casa de Santa Maria (séc. XVIII), que se eleva no local da antiga torre de menagem, a Igreja da Misericórdia (séc. XVIII) e o Museu Nacional Grão Vasco, cujo edifício começou a ser construído em 1587, para instalação do seminário diocesano, que aí funcionou até aos inícios do séc. XIX. Ao centro da praça encontra-se o cruzeiro, datado de 1760.
A fachada gótica, da construção do séc. XIII, foi substituída em 1513-16 por uma com decorativismo manuelino, a qual se desmoronou em 1635, sendo substituída pela actual, de traça maneirista.
Nos nichos encontram-se as
esculturas, executadas em calcário, dos quatro evangelistas, São Teotónio e
Nossa Senhora, padroeira da Catedral.
São Teotónio | Primeiro Santo de Portugal
Assumiu especial protagonismo no contexto dos alvores da nacionalidade portuguesa, pela proximidade ao rei D. Afonso Henriques, de quem foi conselheiro no período de fundação de Portugal. São várias as virtudes que caracterizaram a sua vida prodigiosa.
Por volta de 1602 o bispo D. João de Bragança instituiu São Teotónio como padroeiro da cidade e da diocese de Viseu.