IGREJA DE SANTA MARIA | SÉ

A Sé, o ex-libris mais enigmático de Idanha-a-Velha, é um espaço de interpretação complexa, dada a sobreposição de intervenções que sofreu ao longo dos séculos, desde a primitiva edificação paleocristã, onde os vestígios de dois batistérios, situados, respetivamente, a norte e a sul, são testemunho desses tempos iniciais.
Sob os domínios suevo e visigótico, Idanha-a-Velha, então Egitânia, é sede episcopal. Os vestígios desse tempo são raros, sendo os batistérios notáveis exceções desse tempo.
Em meados do século VI, terá sido construído um novo edifício de culto cristão nas proximidades daquele. A nova construção é, presumivelmente, contemporânea da elevação da cidade à dignidade episcopal, em data incerta, durante o domínio suevo.

Durante o domínio muçulmano, foi construída a igreja que é a matriz arquitetónica do edifício que chegou até nós. O templo terá sido erguido pela comunidade moçárabe nos finais do século IX, altura em que a diocese foi momentaneamente restaurada.
A configuração atual da igreja deve-se aos trabalhos de restauro promovidos pelo Prof. Dr. Fernando de Almeida, que recupera a igreja dos finais do século XVI.
O aspeto atual da igreja, anterior matriz e, mais tarde, cemitério, tem sido sucessivamente restaurado desde o séc. XX. A sua presente forma e aspeto resultam, sobretudo, das obras medievais e quinhentistas.
Apesar das várias alterações que foi sofrendo, é considerado um dos mais admiráveis monumentos do pré-românico português.

Horário | De 3ª feira a domingo.
Inverno (de outubro a março): das 9,30h às 13h e das 14h às 17,30h.
Verão (de abril a setembro): das 10h às 13h e das 14h às 18h.
Encerra: 2ª feira, 1 de janeiro, feriado municipal (Senhora do Almortão: terceira 2ª feira depois da Páscoa) e 25 de dezembro.